O traficante Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília para o presídio de segurança máxima de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, após autorização judicial. A mudança de unidade gerou atenção nacional, uma vez que o criminoso é apontado como um dos principais aliados de Marcola, líder máximo da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Fuminho é considerado um criminoso de alta periculosidade, com histórico de tráfico internacional de drogas, assaltos a bancos e execuções encomendadas dentro da própria facção. Entre os crimes mais impactantes em sua ficha criminal está o assassinato de Rogério Jeremias (o Gegê do Mangue) e Fabiano Alves de Souza (o Paca) — dois integrantes do alto escalão do PCC que, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), estariam desviando dinheiro da organização.
Ambos os homicídios ocorreram em 2018 no Ceará, em uma emboscada que revelou a atuação da facção paulista em território cearense e levou a uma série de investigações federais.
A transferência de Fuminho foi motivada por pedido da defesa, que alegou a necessidade de melhores condições de contato com advogados e familiares. A Penitenciária Federal de Brasília é conhecida por seu regime de isolamento rígido, com poucas visitas e contato externo controlado, enquanto o presídio de Aquiraz, embora de segurança máxima, oferece condições mais flexíveis.
A decisão levanta preocupações entre autoridades de segurança pública, que alertam para a possível articulação de novas ações criminosas a partir do novo presídio. O histórico de Fuminho mostra envolvimento direto em operações logísticas do tráfico, com conexões no Paraguai, Bolívia e países europeus.
A parceria entre Fuminho e Marcola começou ainda na década de 1990, com uma série de assaltos a banco em São Paulo. Desde então, os dois construíram um dos maiores esquemas de tráfico internacional do Brasil, movimentando toneladas de cocaína e milhões de reais em operações clandestinas.
Fuminho foi capturado em 2020, após mais de duas décadas foragido, vivendo com identidade falsa na África e mantendo uma rede de contatos com narcotraficantes internacionais.
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